Introdução alimentar para bebês

Introdução alimentar para bebês

A introdução alimentar é uma fase em que os bebês começam a se alimentar com alimentos consistentes. É nesta etapa que começa o desenvolvimento do paladar e o início dos hábitos alimentares. Por isso, é necessário ter um grande cuidado com a escolha dos alimentos.

Qualquer novo alimento é uma sensação diferente para o bebê.

Normalmente começa com a introdução das frutas e após o bebê estar adaptado com a fruta, introduz-se os alimentos salgados em quantidades gradativas.

A introdução pode ser feita, com os alimentos em forma de purê, amassados ou inteiros (modelo BLW), o importante é ver a aceitação do bebê e a segurança do cuidador.

No CEC, a introdução alimentar é feita de forma gradual, respeitando a individualidade e o desenvolvimento de cada bebê. As professoras são orientadas pela nutricionista que juntas, iniciam a introdução alimentar em conjunto com a família.

Essa fase é cheia de descobertas. Como o bebê está aprendendo a mastigar e está conhecendo os alimentos com texturas diferentes, é normal o reflexo de GAG ser ativado. Então, o bebê pode apresentar uma sensação de ânsia, de tosse e pode empurrar com a língua o alimento para fora. Aos poucos ele vai conhecendo os sabores e se adaptando com a textura dos alimentos. Não desista na primeira recusa. É importante oferecer um alimento várias vezes, em dias diferentes, para que o bebê desenvolva sua memória gustativa e olfativa.

Para que a criança aprenda a comer os vegetais, eles devem ser incluídos na introdução alimentar. Cada grupo de alimentos oferece um nutriente diferente, sendo importante para a formação, desenvolvimento e saúde dos bebês.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, as principais refeições (almoço e jantar) devem contém pelo menos 1 alimento de cada grupo alimentar, que são:

Carboidratos: fornecem energia para o bebê que está em desenvolvimento. Fontes: batata, batata-doce, inhame, mandioquinha, mandioca, arroz, macarrão, fubá, aveia.

Proteínas: participam da formação dos tecidos musculares e auxiliam no crescimento e desenvolvimento do organismo. Fontes: carne bovina, frango, ovo, peixe e leguminosas (feijão, ervilha, grão de bico, lentilha).

Vitaminas, minerais e fibras: auxiliam no equilíbrio do organismo, garantindo o bom funcionamento do sistema nervoso e imunológico. Fontes: verduras (alface, agrião, couve, brócolis, rúcula, couve-flor, escarola), legumes (cenoura, chuchu, abobrinha, abóbora, quiabo, beterraba) e frutas (maçã, banana, mamão, pêra, melão, melancia).

Quanto aos temperos, o bebê pode consumir todos os temperos naturais, frescos ou desidratados, mas sempre em pequena quantidade. É importante sentir o sabor dos alimentos e não dos temperos.

A água deve ser oferecida para o bebê a livre demanda, exceto junto com as refeições. E durante a introdução alimentar não é recomendado oferecer certos alimentos, tais como: leite de vaca, mel, frutos do mar, oleaginosas, café, sucos, frituras, enlatados, refrigerantes, salgadinhos, embutidos, alimentos industrializados, açúcar e doces em geral.

Portanto, a alimentação é uma parte importante do desenvolvimento da criança. Os diversos alimentos além de nutritivos, oferecem uma fonte de conhecimento sobre sabores, cores e texturas.

Como a Introdução Alimentar é uma experiência satisfatória tanto para o bebê, como para o cuidador (que divide um momento de descoberta), não faça das refeições um campo de batalha. É necessário respeitar o bebê. No início, talvez ele não coma muito por causa do tamanho de seu estômago e se recusar, não insista. Ofereça o alimento novamente em outro momento e lembre-se: Uma boa alimentação é um processo importante para todas atividades diárias e não há uma forma mais adequada de educarmos a alimentação da criança do que ela própria entender a sua importância.

Autora: Raquel Vilela Marinho - Nutricionista - CRN 29930