Hoje vamos falar sobre um assunto que nem sempre se mostra simples e que, normalmente, gera transtornos ou desconfiança por parte dos pais, o desfralde e retiradas de chupeta e mamadeira. É um processo que requer paciência, amor e carinho.
O início da retirada das fraldas deve ser um momento tranquilo e encarado sem angústias, pois toda mudança numa criança deve respeitar sua individualidade e seu ritmo.
Os pais não devem ter pressa nesse processo, pois uma criança que não tem maturidade suficiente para controlar seus esfíncteres (músculos que controlam a saída da urina e fezes) e é forçada a deixar as fraldas, pode ter sérios problemas de incontinência urinária ou de intestino preso, portanto não há nada melhor do que dar tempo ao tempo.
As crianças, de maneira geral mostram que estão prontas para iniciar o treinamento da retirada das fraldas. Isso ocorre com mais ou menos dois anos: quando a criança passa a acordar seca, apontar ou se incomodar quando está suja ou que está fazendo xixi ou cocô, interessar-se pelo que os pais ou irmãos vão fazer ao banheiro, falar para conseguir pedir para ir ao banheiro, ou quando a criança consegue passar uma grande parte do dia seca. Tudo isso são indícios para começar o desfralde.
Nunca pergunte se a criança quer ou não ir ao banheiro, nos primeiros dias leve-a em horários prováveis que ela possa evacuar ou urinar. Se estiver brincando será ainda mais fácil dela se distrair e deixar escapar. O tempo máximo de espera no banheiro deve ser de 10 minutos e esta deve ser uma tarefa interessante e não um castigo.
Faça desse momento um período agradável e de trocas com seu filho. Tenha paciência, dê amor e carinho, pois dar bronca pelos escapes e deixar a tarefa somente a cargo da escola são atitudes equivocadas que podem trazer prejuízos para as crianças.
Esteja preparado para trocar várias mudas de roupa e sapatos durante o dia. A maioria das crianças consegue o controle diurno entre dois e três anos, e o noturno pode demorar um pouquinho mais. Lembre-se ao iniciar a retirada das fraldas, não interrompa o processo, pois a criança ficará confusa.
O desfralde não é meramente um treinamento mecânico pois envolve a parte psicológica da criança, ou seja, algo vincular.
O único trabalho dos pais é criar condições para que esse processo seja o mais descontraído possível.
Tattiane Rosa
Coordenadora pedagógica do Centro Educacional Construir