O dia 15 de Novembro é marcado por festividades tradicionais como desfiles cívicos, fogos de artifício e hasteamento da bandeira. Trata-se da data de comemoração da Proclamação da República do Brasil, que se tornou a nova estrutura política nacional. Mas afinal, o que aconteceu e porque mudar?

Apesar de ter se tornado uma nação independente de Portugal décadas antes, o Brasil ainda era dominado pelo governo do imperador Dom Pedro II. Era o único país independente do continente americano governado por um imperador.

Na época, membros da sociedade civil já propagavam ideais republicanos de forma aberta. Era visível o descontentamento de diversos setores com a forma indolente como que Dom Pedro II levava as questões de interesse nacional. Os progressistas da época criticavam a ausência de iniciativas de desenvolvimento econômico, político ou social. Além da falta de manutenção de um regime político de castas e voto censitário. O Brasil ainda possuía altos índices de analfabetismo e miséria em relação aos demais países do continente, que eram republicanos.

Os grandes proprietários rurais, por exemplo, passaram a apoiar a república quando se deu a “Lei Áurea”, pois não se sentiram apoiados pelo imperador e não receberam nenhum tipo de indenização pela perda de propriedade dos seus escravos.

A oposição também se deu por parte da igreja, que sofria interferência do poder do monarca na escolha de seu clero. O incidente da "Questão Religiosa" provocou um grande descontentamento nos bispos, padres e demais membros da Igreja Católica.

Por fim, outro setor estratégico que demonstrou descontentamento e tem papel chave nessa mudança foi o exército, que não se sentiu prestigiado após a Guerra do Paraguai. A falta de amparo, investimento e atenção a instituição foi a gota d'água para a deflagração do golpe de 15 de novembro.

Os progressistas, por meio do jornalista Quintino Bocaiúva e do militar Benjamin Constant conseguiram convencer o importante marechal Deodoro da Fonseca (conhecidamente monarquista) de que era o melhor caminho a se tomar.

Deodoro da Fonseca conseguiu então organizar um contingente de cerca de 600 militares para a marcha nas ruas da cidade do Rio de Janeiro (então sede da corte imperial) em direção ao parque Campo de Santana, onde a república foi proclamada. D. Pedro II e a família real tiveram que se exilar na Europa. No dia seguinte foi instaurado um governo provisório republicano, que depois viria a ser governado pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca que seria o primeiro presidente do Brasil.

Acreditava-se que, com o regime republicano em vigor, haveria maior desenvolvimento social, político e econômico tornando assim a Proclamação da República em um marco para o país.

Fontes:
Mundo Educação: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/
Datas Comemorativas: http://www.datascomemorativas.me