Um dos principais fatores do desenvolvimento durante a infância, tanto psicológico, quanto social, é a afetividade. As emoções como o choro, a gargalhada, a amizade e a ternura são manifestações afetivas que fazem parte da nossa vida. Na escola não é diferente e o aprendizado depende em grande parte dessas relações afetivas pedagógicas, estabelecidas entre professores e alunos.
"Na escola a aprendizagem só se dá pela afetividade. Então, é necessário que o professor na verdade esteja atento às necessidades emocionais da criança, para depois pensar em qualquer outro tipo de aprendizado. Ela só aprende quando se sente amada", afirma Gláucia Ribeiro, coordenadora da área pedagógica do CEC – Centro Educacional Construir.
Acompanhar e estar em permanente contato afetivo com o filho é sempre o melhor caminho para que se possa identificar possíveis distúrbios no comportamento da criança. Ser sensível a pequenas mudanças, como o excesso ou ausência de fala, os medos que comprometem a inserção em grupos sociais, estar atento ao aumento de comportamentos agressivos, timidez e insegurança, são fatores fundamentais nesse processo.
A família e as relações afetivas são mais que importantes para o crescimento integral da criança. O convívio, não só com os pais, mas, com avós, tios e outros familiares, é crucial para a socialização dela e vai ajudá-la a desenvolver sua personalidade. No início da vida, as crianças podem estranhar pessoas da família que não tenham contato diário, e sim apenas com visitas esporádicas. Para resolver esta questão, Gláucia Ribeiro dá dicas importantes.
"A criança não consegue perceber uma coisa que é subjetiva. Por isso, afetividade necessita partir de ações concretas. Por exemplo, estabelecer limites para uma criança é uma forma de afetividade, responder a uma necessidade dela, é outra maneira de afetividade, então elas vão entender isso a partir de ações. Quando algumas pessoas não são tão frequentes em casa, esse certo distanciamento também é importante para a compreensão da criança. Se a pessoa chega e já vai para perto dela, aperta e abraça, isso pode assustar em um primeiro momento, devido a falta de convívio. Então procure sempre deixar a criança chegar perto das pessoas primeiro, para depois ir aprimorando esse contato inicial", finaliza a coordenadora da área pedagógica do CEC.