Qualidade no ensino é no CEC

Continuamos a série de 4 postagens com uma lição por mês falando sobre a relação dos pais com seus filhos e de como tornar essa relação a melhor e mais proveitosa possível, desenvolvendo crianças com laços emocionais fortes, estruturados, com autonomia e mais preparados para os desafios atuais.
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A quarta e última lição, que está hoje no nosso blog, diz respeito à um assunto que ainda é visto como tabu para algumas famílias. Pois tira os pais de uma zona de conforto, os colocando em uma situação de dúvida e até insegurança.

“Como falar sobre sexo com nossos filhos?”

Esse tema faz parte do desenvolvimento humano e a conscientização sobre o próprio corpo e as formas de relacionamento devem ser tratados desde pequenos, pela exploração, vivências e aprendizados em uma construção de duas vias, escutando e aconselhando.

Nós existimos no mundo através de um corpo. Nós habitamos um corpo. Ele é fonte de grande prazer e também de sofrimento. Que sensações maravilhosas sentimos num abraço afetuoso de um velho amigo! Como revivemos (na pele) certas lembranças; como as mãos carinhosas de nossas mães num delicioso “cafuné”. O corpo traz impresso uma história. A nossa história! E nos comunicamos com os outros através dele.

Nosso corpo também sofre. Sofre as nossas dores emocionais. Sofre com a nossa falta de limites (alimentação, trabalho, vícios). E tudo aquilo que não conseguimos expressar através de palavras ou sentimentos, vai ter morada em algum lugarzinho do corpo.

O nosso corpo é por natureza erógeno. Cada pedacinho dele foi projetado para nos trazer sensações prazerosas, sem falar é claro da região genital, zona estritamente especializada quando o assunto é prazer.

Conhecer o nosso corpo, não pode ser muito diferente de se conhecer. Saber lidar com sua sexualidade é fruto de conhecimento pessoal. Nascemos seres sexuais e procuramos um outro pra nos completar; “ a tampa da panela”.

Construímos família para sermos felizes e vivermos satisfatoriamente a nossa sexualidade. Como resultado dessa união de amor nascem os filhos. Seres sexuais como nós. Queremos que eles sejam felizes e que não passem por certos eventos na vida, como uma gravidez indesejada. É nossa tarefa educa-los para a vida. E, educar pra vida é falar de sexo com eles.

Então, como falar de sexo com os nossos filhos? Muitos pais devem se perguntar, visto que muitos aprenderam “por conta própria”, não tiveram nenhuma conversa a respeito disso com seus pais e se sentem despreparados pra tratarem sobre isso com os seus filhos. Neste encontro pretendemos conversar sobre algumas dicas que podem ajudá-los nesta difícil e maravilhosa missão.

“Eis no que resume o problema da educação: no específico campo da sexualidade, mais ainda que em qualquer outro, estou convencido de que todo o trabalho dos pais consiste em observar o desenvolvimento da criança e adaptar-se a ele, em vez de lhe impor um padrão rígido, definido só por eles. Os pais devem ser testemunhas da evolução sexual de seu filho. Testemunhas pudicas e respeitosas, nunca intrusas, capazes de manter a boa distância que tranquiliza e protege.”
(Marcel Rufos, Tudo o que você jamais deveria saber sobre a sexualidade de seus filhos.)

Em primeiro lugar: O por que devemos falar de sexo com os nossos filhos.

1- Vivemos numa sociedade altamente erotizada. A criança é exposta a conteúdos sensuais e sexuais o tempo todo. É preciso dar-lhes ferramentas pra lidar com essa realidade satisfatoriamente;
2- Ajudar a criança a conhecer o seu próprio corpo;
3- A criança bem informada terá maiores chances de saber lidar com a sua sexualidade;
4- Dentro de casa a criança recebe informações corretas, sem mitos ou preconceitos;
5- Quando não se tem um espaço para falar sobre sexo claramente e elaborar suas dúvidas, a criança cria fantasias que geram ansiedade, conflitos internos e medos;
6- A criança se sente mais tranqüila porque tem suas dúvidas sanadas;
7- A criança passa a conhecer melhor o próprio corpo;
8- Proteção contra o abuso sexual.

Em segundo lugar: Como falar com a criança?

1- Fale com naturalidade;
2- “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço…” – Mostrar (através do comportamento dos pais) contradição entre o que é dito e o que é vivido;
3- Manter uma atitude positiva diante do assunto;
4- Responda de forma clara, simples e objetiva;
5- Use palavras do vocabulário da criança;
6- Responda de imediato;
7- Seja franco, honesto e sincero;
8- Responda ao que foi perguntado;
9- Ouça seu filho;
10- Não crie respostas fantásticas;
11- A conversa é responsabilidade do casal parental (pai e mãe);
12- Indique um livro (quando necessário).

Esse papel de construção do autoconhecimento e do desenvolvimento das questões relacionadas a sexualidade não depende apenas da família, mas também da escola.

É no ambiente da escola que as crianças passam a maior parte do dia e que tem contato social com os amiguinhos e amiguinhas e onde aprendem a conviver com as diferenças. Elas lidam com a questão das diferenças físicas e igualdade de gênero, aprendendo o respeito à diversidade e quebra de clichês e paradigmas. A escola deve explicitar as regras da sociedade em que estão inseridas e a importante diferença entre o público e privado, garantindo que as crianças não sejam repreendidas por determinados atos como por exemplo a masturbação, mas sim ensina-las que ali não é o lugar correto para aquilo.

Trata-se de um enorme desafio, preservar a intimidade e não culpabilizar as crianças por manifestações de sexualidade. É um processo educativo que aborda valores, diferenças individuais e grupais, de costumes e de crenças.

Fontes:
Rufo, Marcel. Tudo o que você jamais deveria saber sobre a sexualidade de seus filhos. 1ª Edição. Martins Fontes 2005.

Revista Nova Escola

O que é “Storytelling”? Contar histórias, é claro! Existem maneiras diversas e maravilhosas de fazer isso. O que nós queremos explorar é a narrativa oral tradicional, que faz parte da vida humana desde que saímos da África, 200.000 ou mais anos atrás. Talvez contar histórias tenha sido a razão pela qual a linguagem se desenvolveu em primeiro lugar, quando nossas mentes começaram a investigar, admirar, pensar.

Seja em cavernas ou nas cidades, a narrativa continua sendo a forma mais inata e importante de comunicação. Todos nós contamos histórias. A história do seu dia, a história da sua vida, fofocas no local de trabalho, os horrores no noticiário. Nossos cérebros são conectados para pensar e expressar em termos de começo, meio e fim. É assim que entendemos o mundo.

Contar histórias é a forma mais antiga de ensino. Ele uniu as primeiras comunidades humanas, dando às crianças as respostas para as maiores questões de criação, vida e vida após a morte. Histórias nos definem, nos moldam, nos controlam e nos fazem. Nem toda cultura humana no mundo é alfabetizada, mas toda cultura conta histórias.

Contar histórias cativantes e envolver as pessoas em experiências individuais e emocionais é uma boa resposta para o desafio de melhorar o engajamento dos alunos, assim como é o domínio do conteúdo a ser ensinado e o uso das tecnologias. Por essa razão, o storytelling na educação tem muito a contribuir para o ofício de ser professor. Na sua forma mais simples, a narrativa continua sendo um elemento poderoso de comunicação.
As crianças têm um amor inato por histórias. Histórias criam magia e um sentimento de admiração pelo mundo. As histórias nos ensinam sobre a vida, sobre nós mesmos e sobre os outros. Contar histórias é uma maneira única de os alunos desenvolverem um entendimento, respeito e apreço por outras culturas, e pode promover uma atitude positiva para pessoas de diferentes países, raças e religiões.

As narrativas humanizam o aprendizado. Elas nos oferecem a oportunidade de nos conectar com personagens que pensam da mesma forma ou ver o mundo literalmente de dentro da pele de outra pessoa. As histórias tocam nossas emoções e nos fazem rir, chorar, temer e ficar com raiva – um forte contraste com uma apresentação simples e antiga. Quando as aulas parecem relevantes para os alunos, é mais provável que elas se envolvam, e as histórias são um veículo perfeito para isso.

Além disso, não importa quão organizado ou detalhado seja um livro, há algo sobre o formato de uma narrativa – a exposição, o problema, a busca de uma solução, a resolução – que ressoa com a nossa composição mental.

“Se você quer que seu filho seja inteligente, conte histórias para ele. Se você quer que ele seja brilhante, conte ainda mais histórias para ele.” – atribuído ao Albert Einstein

Existem sim técnicas e métodos para aprimorar a contação de histórias com conteúdos didático. Vamos falar um pouquinho delas:

1- Mapear o enredo como uma técnica de memória
2- Use esqueletos de histórias para ajudá-lo a se lembrar dos principais eventos
3- Pense no enredo como um filme ou uma série de imagens conectadas
4- Conte a si mesmo a história com suas próprias palavras
5- Crie sua própria versão da história (adapte e improvise)
6- Reconte-o várias vezes até parecer uma história

O que uma boa narrativa faz é reunir pontos aparentemente dispersos numa única linha condutora. Para facilitar a compreensão dos estudantes, ela deve ter uma estrutura básica de introdução, desenvolvimento, clímax e conclusão.

Outra característica interessante de boas histórias é a seguinte: elas trabalham com um protagonista que precisa passar por várias barreiras até alcançar o seu objetivo. Essas duas noções (estrutura básica e protagonista) podem ser utilizadas em todas as disciplinas.

Na disciplina de História, por exemplo, para explicar o Renascimento, as diferentes perspectivas do homem na passagem da Idade Média para a Idade Moderna podem ganhar corpo em um personagem central. É essa a ideia que o professor deve utilizar para reunir diferentes conceitos em torno de uma história simples e didática.

Explore ferramentas de mídia, textos, vídeos, sons e imagens para tornar a história interessante e possibilitar a imersão dos estudantes naquele conteúdo. Para não ter que disputar a atenção dos alunos com os dispositivos móveis, os professores devem saber utilizar as tecnologias da era digital a seu favor.

Vejam alguns dos benefícios ligados a contação de histórias na educação:

1- Fornece uma razão motivadora para os alunos falarem e escreverem.
2- Promover uma sensação de bem-estar e relaxamento
3- Aumentar a disposição das crianças em comunicar pensamentos e sentimentos
4- Incentivar a participação ativa
5- Aumentar a proficiência verbal e habilidades auditivas
6- Incentivar o uso da imaginação e criatividade
7- Incentivar a cooperação entre estudantes
8- Aprimore as habilidades de escuta
9- Realmente envolve as crianças que amam a atuação.
10- Aumenta o entusiasmo pela leitura de textos para encontrar histórias, relê-las etc.

Por fim, os jovens alunos compartilham uma notável variedade de experiências pessoais, valores e maneiras de entender. O idioma que aprendem na sala de aula é a ferramenta que eles usam para moldar seus pensamentos e sentimentos. É mais do que uma maneira de trocar informações e estender idéias, é o meio deles de alcançar e se conectar com outras pessoas. As histórias podem se vincular não apenas entre o mundo da sala de aula e o lar, mas também entre a sala de aula e além. As histórias fornecem uma linha comum que pode ajudar a unir culturas e fornecer uma ponte sobre a lacuna cultural.

Fonte:

Blog Escola da Inteligência: https://escoladainteligencia.com.br/storytelling-na-educacao/?fbclid=IwAR3maxlQrE5E_qa_LZzRj7O-OBhT4hx1PXWg_AgpkdhAaPyDLafanhIjPuU

British Council website:
https://www.teachingenglish.org.uk/article/storytelling-benefits-tips

George Lucas Educational Foundation (Edutopia) website:
https://www.edutopia.org/blog/storytelling-in-the-classroom-matters-matthew-friday

O assunto tecnologia na escola é debatido há anos. Existem aquelas escolas que já tinham a tecnologia incorporada no dia a dia e também aquelas com resistências à mudança. Uma coisa é fato: “Os alunos serão formados em um mundo revirado pela pandemia”, como disse o secretário de educação do estado de São Paulo.

Os sentimentos vividos pelos profissionais e especialistas em educação é compreensível, pois vivemos uma revolução à força, nunca imaginada e que nos levará a tomar caminhos diferentes desde já. Precisamos tirar lições do ocorrido e enxergar oportunidades de transformar a educação.
Infelizmente vivemos em um país atrasado em muitos sentidos, sendo que a inclusão digital é um deles. A revolução ainda não chegou para nós, onde muitas escolas ainda utilizam a tradicional lousa de giz e métodos retrógrados. E não se trata de apenas entregar a tecnologia, mas como emprega-la de forma eficiente para uma educação inovadora, que prenda a atenção e incentive os alunos. O contato social é importantíssimo, principalmente na primeira infância, mas a sociedade precisa entender de uma vez por todas o papel fundamental da tecnologia nessa equação. Não se trata de competição, mas sim uma complementação fundamental do processo educacional.

Os professores estão no centro desse cenário e se veem incumbidos de incorporarem essas novas ferramentas tecnológicas na sua prática de ensino, para acompanharem as novas necessidades dos alunos e suas formas de linguagem, tornando a aula mais dinâmica, produtiva e facilitando o processo de aprendizagem. O educador atua como mediador, articulador e orientador. Fazer a gestão do ambiente em sala de aula e utilizar recursos da tecnologia exige novas habilidades, como o surgimento dos “edutubers” que produzem conteúdos digitais. As tecnologias da informação e comunicação apresentam muitas possibilidades como relata a professora de Informática do CEC, Janaina Mello:

“Em uma aula de Ciências a gente fala do corpo humano e as crianças pesquisam na internet, no material virtual e em vídeos. Facilita muito. Antes ficávamos presos ao que víamos nos livros, mas agora eles podem ver de diferentes perspectivas o que estamos tentando passar. A tecnologia auxilia a produzir e conduzir uma aula mais rica. ”

Ou seja, aprender não vai ser sinônimo de ir à escola, sentar na cadeira e ouvir o professor explicar com o auxílio da lousa. Se dará muito mais por uma educação multidisciplinar e multicanais. O aprender será resultante de constante atividades em casa, na escola, com acesso a vídeos, áudios, mapas digitais que serão acessados na lousa digital, no computador, no celular, ou no próprio caderno de papel.
As famílias também passarão a participar da educação de forma mais ativa, uma vez que estão em contato maior com os filhos neste período. Isso aumenta a sensação de responsabilidade com o futuro e abre espaço para novas descobertas.

“Os alunos que hoje são afetados pela pandemia serão os médicos, gestores, programadores no futuro. Qual lição cada um carregará de tudo isso?”, continua o secretário Rossieli. O Coronavírus mexeu com o destino desses alunos de alguma forma na medida que mostrou a todo o mundo o quão frágeis ainda somos. Não é difícil imaginarmos um maior interesse pelas áreas de ciências da saúde ou tecnologia.

Não para por aí. Além de revolucionar a educação dentro da sala de aula, as novas tecnologias também têm grande influência no processo de gestão escolar e troca de informações entre os setores e também com os pais.

Um professor bem formado e uma escola atenta as mudanças de realidade e aberta às oportunidades é que atenderão às necessidades das novas gerações e proporcionarão um processo ensino aprendizagem que faça com que os jovens entendam o que vivenciam agora para se tornarem profissionais de excelência e gestores de si mesmos no futuro próximo pós-pandemia.

Fonte: Folha de São Paulo, Educação, Opinião: Rossieli Soares, 13 de jun. de 2020
Disponível em: < https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2020/06/alunos-de-hoje-serao-formados-em-mundo-revirado-pela-pandemia.shtml>

“CONSTRUINDO O AMANHÃ: QUE GERAÇÃO QUEREMOS FORMAR?”

“Não temos de nos preocupar em viver longos anos, mas em vivê-los satisfatoriamente, porque viver longo tempo depende do destino, viver satisfatoriamente depende da tua alma. A vida é longa quando é plena…” (Sêneca, Cartas a Lucílio)

A FORMAÇÃO DO CARÁTER E DA PERSONALIDADE

Costumamos dizer que a criança já nasce com um determinado temperamento, ou seja, com um padrão inato de resposta ao ambiente. Vemos essas diferenças temperamentais em bebês recém-nascidos quanto ao nível de atividade, aproximação/retraimento, adaptabilidade, intensidade de reação, qualidade do humor, distratibilidade e persistência.

A personalidade é fruto da relação com os pais, das experiências vividas, da educação, da sociedade, cultura e religião, bem como das decisões tomadas no processo de individuação. Portanto, para que possamos formar homens e mulheres de valor, precisamos enquanto pais, interferir positivamente na vida dos nossos filhos, suprindo suas necessidades físicas, emocionais, intelectuais, sociais, “inculcando” valores positivos.

Na formação do caráter, os pais não devem somente interferir (educando e corrigindo, por exemplo), mas criar uma “imagem” positiva dos seus filhos. Devemos vê-los como pedras preciosas que precisam de lapidação. Os conceitos que temos dos nossos filhos (bons ou maus) são passados para eles, através da linguagem não verbal que as crianças captam e acabam se comportando de acordo com essas crenças.

Como transmitimos valores para os nossos filhos? Para respondermos essa pergunta precisamos primeiro entender como se dá a aquisição do comportamento ético e moral.

O DESENVOLVIMENTO DO COMPORTAMENTO ÉTICO

A importância de entendermos como se desenvolve a moral nas crianças é pra que possamos refletir sobre as nossas ações educativas. Às vezes, apesar de bem intencionados, aplicamos castigos, que de nada servem enquanto medida educativa e pouco ajudam na construção de uma consciência ética, não porque o “castigo” em si está incorreto, mas está inadequado para a idade da criança.
Jean Piaget, no seu livro “O julgamento moral na criança” nos mostra que assim como a criança “constrói” o conhecimento, através da passagem por estágios sucessivos do desenvolvimento cognitivo (sensório-motor, pré-operatório, operatório, operatório-formal), precisando para isso uma congruência entre a maturação do sistema nervoso central, a estimulação do ambiente físico, a aprendizagem social e a tendência ao equilíbrio; assim também acontece com o julgamento moral.

Para o autor, a criança vai da anomia (ausência de regras), passa pela heteronomia (as regras são passadas por outras pessoas e atendidas devido à punição) até chegar à autonomia.

Esse processo acontece através da interação social, que é o meio de troca mediante o qual afinamos as nossas percepções do mundo exterior e desenvolvemos nossas atitudes a respeito de nós mesmos.

CONHECENDO O PROCESSO

Numa criança de até dois anos de idade predomina a anomia.

Para as crianças de dois a sete anos de idade inicia-se o período da heteronomia, no qual a criança é incapaz de regular seu comportamento por meio de convicções próprias, pois não percebe a intenção dos atos dos outros, ela é “traída” pela sua percepção. A isso Piaget chamou de realismo moral, ou seja, a criança sabe que é errado pelo resultado da ação e não pela intenção de quem a praticou. Lembre-se que o pensamento nesta fase é egocêntrico (a criança vê o mundo tomando como referencial a si própria). O fantástico e o real se misturam, e predomina o animismo (a criança tropeça na escada e coloca a culpa na escada e não nela mesma) e o artificialismo (atribui causas humanas aos fenômenos naturais).
Todos esses fatores “confundem” a avaliação da criança frente aos fatos morais. Por isso a importância dos pais em explicar as regras e disciplinar de forma justa e amorosa. Se a criança faz algo errado e nada acontece, pra ela não houve erro, pois não houve nenhuma sanção.

Na adolescência inicia-se um processo rumo à autonomia, baseado na cooperação, na qual a reciprocidade é a base. O adolescente é capaz de se colocar no lugar do outro e percebe que as regras são mutáveis, nem sempre são justas e que muda-las para o bem do coletivo não é mais uma transgressão.

Para Piaget, “… a condição primeira da vida moral … é a necessidade de afeição recíproca.” E o respeito é o sentimento fundamental da vida moral.

FORMANDO INDIVÍDUOS ÉTICOS

Para se formar o caráter ético, precisamos ensinar as crianças sobre:

1- CUIDADO: cuidado com o nosso ser e com os outros. O cuidado tem de envolver direta ou indiretamente o ser humano, a si próprio ou ao outro.
Cuidar de si mesmo. Saber e respeitar seus próprios limites. Respeitar o seu corpo. Respeitar e cuidar da natureza, pois ao poluirmos estamos ameaçando a nossa própria vida e a dos outros.
“Ser capaz de prestar atenção a si mesmo é pré-requisito para ter a capacidade de prestar atenção aos outros sentir-se bem consigo mesmo é a condição necessária para relacionar-se com os outros.” (Erich Frommm)

2- CONSIDERAÇÃO COM AS PESSOAS: Pessoas são diferentes de coisas e animais. Pessoas não são meios para que possamos usá-las para determinados fins. Usar as pessoas significa desrespeitar a inteligência e a dignidade delas.
As pessoas são diferentes entre si. Precisamos ensinar as crianças a respeitar as diferenças. Todas as diferenças (raciais, culturais, religiosas, econômicas, ideológicas, etc.)

“… a humanização é um processo recíproco. Para que os outros possam fazer-me humano, tenho de os fazer humanos, se para mim todas as pessoas são coisas ou animais, também eu não serei mais do que uma coisa ou um animal. Por isso, dar-se uma vida boa não pode ser muito diferente afinal de dar uma vida boa.” (Fernando Savater, Ética para meu filho)

3- RESPONSABILIDADE: Toda ação tem consequência que podemos antever e sobre as quais, diante das ações que são de nossa escolha, temos responsabilidade. Devemos ensinar a criança a assumir responsabilidade pelas escolhas que fez e sobre as conseqüências correspondentes ( Quem planta vento, colhe tempestade!). Claro que para isso devemos considerar a etapa do seu desenvolvimento. Geralmente dois sentimentos básicos acompanham a responsabilidade: a culpa e a vergonha.

4- LIMITES: Limites são marcos que aparecem impostos às ações e que dizem que fronteiras não devem ser atravessadas ou atos devem ser realizados. O limite traz a idéia de fragilidade e de conseqüências.

5- VERACIDADE: Ser verdadeiro significa apresentar os fatos como ocorreram e buscar as interpretações – o sentido – e as explicações – as causas – que mais pareçam pertinentes. A outra faceta da veracidade é a AUTENTICIDADE que é ser verdadeiro consigo mesmo. Às vezes os filhos aprendem a mentir com os pais!

6- LIBERDADE: Liberdade é a capacidade de escolher segundo sua preferência ou formação de um modo que não cause danos a si próprio e aos outros. È a nossa auto-expressão. É escolher pelo sim ou pelo não. Pelo claro ou escuro. Agora ou depois. As boas escolhas, fruto da nossa liberdade são fundamentadas nas seguintes disposições: a) nem tudo dá na mesma (tanto faz); b) deve-se fazer o que de fato queremos; c) ter um bom gosto moral (certas coisas nos repugnam); d) não fazer nada que fira a minha liberdade; e) nem tudo me convém.

7- LEVEZA DA VIDA E FESTEJAR A VIDA: A leveza da vida diz respeito a perceber que certas coisas não devem ser levadas tão a sério devido ao seu caráter ilusório, ou seja, às vezes andamos atrás de coisas que mais tarde perceberemos que era mera aparência. Nós nos equivocamos muitas vezes e não podemos controlar completamente todas as situações. É sentir-se feliz por estar vivo e poder construir uma linda história. O Festejar a vida diz respeito a deixarmos nos levar pelos nossos sentidos, pelo amor, pela comunhão, pela amizade, pelo companheirismo, é dançar e se sentir simplesmente feliz por se estar vivo.

ESCOLA E FAMÍLIA: UMA PARCERIA QUE DÁ CERTO

Por fim, lembre-se que a escola é uma boa parceira neste processo de formação do caráter moral. Participe. Apóie. Estimule o seu filho a respeitar as regras e as pessoas.

O Dia das Mães será um pouco diferente esse ano.

Essa data comemorativa é geralmente celebrada com a família indo almoçar fora ou se reunindo em casa para um almoço especial acompanhados de muitos beijos e abraços e com a tradicional Festa do Dia das Mães do CEC. Mas como a pandemia causada pelo coronavírus nos restringe aonde ir e faz do distanciamento social uma nova norma, muitas dessas tradições terão que ser postergadas para o próximo ano.

Mas isso não significa que o Dia das Mães tenha que ser cancelado esse ano. Muito pelo contrário: A maioria das crianças devem estar vendo muito mais as suas mães do que o normal com o fechamento das escolas e a transformação das mães (e pais) em professores particulares.

Independentemente da situação existem muitas possibilidades de fazer esse Dia das Mães de 2020 um dia tão especial que ela nunca irá se esquecer.

Preparamos então uma lista de sugestões de atividades para demonstrar o seu amor, carinho e gratidão para a mamãe esse ano, de forma segura, claro.

-Leve a Mamãe para assistir à um filme no “Cinema em Casa”: claro que você pode assistir à filmes todos os dias em casa, mas nesse dia ou semana especial, monte uma sala de cinema em casa. Prepare a pipoca, balinhas, chocolates com a ajuda do papai e escolham o filme favorito da família ou tentem algum filme novo.

– Prepare a comida preferida da mamãe ou encomende do restaurante preferido dela: Deixe o almoço ou jantar do Dia das Mães ainda mais especial com um cartãozinho, com a mesa bem arrumada e não se esqueçam de lavar a louça depois. Afinal nesse dia a Mamãe é sua convidada de honra.

– Com a ajuda do Papai ou de algum adulto, grave um vídeo especial para a mamãe: Compartilhe com a mamãe quais são as melhores memórias que você tem guardado no seu coraçãozinho e agradeça à ela por todo amor que ela tem por você.

– Personalize presentes ou cartões: Aproveite a sua criatividade e confeccione cartões especiais para as mamães.

– Faça uma Caça ao Tesouro pela casa: Deixe pistas para a mamãe encontrar seu presente, almoço especial ou cartão feito por você.

– Encha bexigas e decore a casa com cartazes de Dia das Mães;

– Cozinhe com a Mamãe: Chame-a para fazer um bolo especial, brigadeiro, pipoca ou qualquer outra coisa gostosa para vocês comerem juntos.

– Faça um picnic na sacada do apartamento, na sala ou no quintal de casa: Separe todas as comidinhas gostosas que todos vocês gostam e divirtam-se nesse momento juntos.

– Prepare um café da manhã especial e leve na cama para ela: Todos os dias ela geralmente prepara um café da manhã super especial para você, que tal retribuir?

Não se esqueçam de registrar esses momentos tão especiais com muitas fotos e compartilhem conosco, nós adoraríamos ver o que vocês prepararam com tanto amor para a Mamãe.

O CEC deseja a todas as Mamães um FELIZ DIA DAS MÃES!

Limite é sinal de amor e proteção. A criança a quem tudo é permitido sente-se rejeitada e não amada.

O limite protege a criança do seu próprio mundo interno, pois a criança também tem “instintos” agressivos e destrutivos. Uma criança deixada ao seu bel prazer caminha para a infelicidade.

Quando não se dá limite geralmente a criança pode perder o controle emocional, ter ataques de raiva, crise de birra, desrespeito aos pais e futuramente a toda autoridade, pode até desenvolver distúrbios de conduta. Cabe aos pais estabelecerem limites seguros e amorosos.

O "NASCIMENTO" DO LIMITE

O “limite” nasce antes da criança, ou seja, um casal cujos pais exercem adequadamente seu papel de esposo e esposa e estão profundamente vinculados um com o outro tem maior probabilidade de educarem bem seus filhos.

Quando o bebê nasce ele possui um conjunto de necessidades que precisam ser satisfeitas, como por exemplo, sono, alimentação, cuidados com a saúde, contato afetivo, amor entre outras. Para o bom desenvolvimento físico e emocional dos filhos, os pais devem ser capazes de suprirem essas necessidades, o que nem sempre é fácil.

O bebê recém-nascido é caótico. Seu aparelho psíquico ainda não está formado, portanto, o bebê é movido pelo princípio do prazer, ou seja, pelos seus próprios desejos e desconsidera totalmente a realidade externa.

Cabe aos pais, ao cuidarem fisicamente do bebê, “imprimir” na subjetividade do bebê afeto, amor, acolhimento e aos poucos apresentar o mundo externo ao bebê. Apresentar o mundo externo significa mostrar ao bebê que existe um “Outro”, e aos poucos mostrar que nem sempre seus desejos serão satisfeitos.

A mãe vai colocando limites ao bebê em relação as mamadas, horários de sono e alimentação, ou seja, tentando estabelecer uma rotina.

ALGUNS FATORES PESSOAIS QUE DIFICULTAM O ESTABELECIMENTO DE LIMITES

1- História de vida de cada um dos pais. Tem casais cujas esposas tiveram pais extremamente severos, castradores e autoritários, portanto não querem que seus filhos passem pelo “que ela passou”, portanto querem ser mais liberais. Ao contrário os maridos tiveram pais liberais, ficaram “largados” e querem ser mais rigorosos na educação dos seus próprios filhos.

2- Questões internas. Medo de não serem amados. “Se eu falar não para o meu filho, ele vai me odiar”.

3- Os pais não tiveram uma referência, ou seja, uma imagem positiva, internalizada de “pai”.

DAR LIMITES É…

1-Ensinar que existem outras pessoas com direitos iguais que os da criança e que seus desejos não são maiores nem melhores que os dos outros. É na verdade “tirar” a criança da escravidão dos seus próprios desejos. Nem sempre temos, somos ou fazemos tudo o que desejamos. Esse é o mundo real! O filósofo Arthur Shopenhaeur disse que a grande razão da infelicidade humana é a escravidão à vontade, ao desejo!;

2- Fazer com que a criança veja o mundo com uma conotação social (conviver) e não apenas psicológica (o meu desejo e o meu prazer são as únicas coisas que contam);

3- Dizer “não” sempre que necessário;

4- Ter um conjunto de “regras”, consistentes, coerentes, constantes e claras;

5- Ser disciplinado. A mãe é indisciplinada quando:

a) Desconsidera o ritmo biológico do bebê,
b) Desconsidera o “momento da criança”,
c) Não dá autonomia pra criança quando esta já é capaz de realizar algo sozinha, ou seja quando super protege;

6- Disciplinar sem humilhação;

7- É ANTES DE TUDO SER EXEMPLO. A criança aprende muito mais vendo o “como somos” do que com “o que falamos”. Se o pai dá exemplos que ele próprio não tem limite, dificilmente conseguirá impor limites aos filhos. A criança não nasce “folgada” ela aprende com os pais a ser assim. Que mensagem transmite o pai que ao chegar do serviço, deita no sofá, liga a TV e deixa sua esposa que também trabalhou fora como ele, cuidando do jantar e tentando controlar as crianças?
O pai tem mais condições de estabelecer autoridade para que a disciplina familiar seja mantida, porque a maioria dos homens prefere proteger a mãe a proteger os filhos.
O filho precisa sentir que ele é prioridade na vida dos pais.

8- É estabelecer uma rotina.

Dar limites não é “moldar” a criança a nossa vontade, ou seja, transformar a criança no ideal dos pais. Cada criança tem o seu próprio “jeito” de ser e nada é mais desrespeitoso e traumático do que não a aceitar como ela é.

Dar limites não é ameaçar, e sim é criar uma relação de respeito mútuo.

Dar limites não é bater ou gritar. Este tipo de comportamento pode surtir efeito na hora, mas com o tempo acaba com a autoridade dos pais. Geralmente o pai bate quando há o fracasso do simbólico, ou seja, as palavras não fazem mais efeito, ou como uma “descarga” das suas próprias tensões. Depois os pais se sentem culpados e arrependidos e tendem a “afrouxar” os limites.

E por falar em culpa… por que será que os pais (principalmente as mães) se sentem tão culpados?

Parte da culpa é devido à ausência. Todos nós sabemos que educar é algo que acima de tudo demanda tempo. Os pais gostariam de ficar mais tempo com os filhos, mas não podem pois precisam trabalhar. Desta forma, tentam compensar a ausência sendo permissivos ou dando presentes sem nenhuma razão aparente.

Dar limites não é ser autoritário. Autoritário é aquele que utiliza como referencial somente o seu ponto de vista, sem levar em consideração o outro.

Em meio ao momento difícil ao qual passamos devido a crise de saúde, o mais importante é nos conscientizarmos dos cuidados que temos que ter com o próximo e com nós mesmos.

A alimentação desempenha papel muito importante na imunidade, pois as reações do sistema imunológico também necessitam de energia e de vários nutrientes para a formação de células e outras substâncias envolvidas no nosso sistema de defesa.

ALIMENTOS QUE TURBINAM A IMUNIDADE:

Vitamina C – aumenta a produção das células de defesa, que tem efeito direto sobre as bactérias e vírus aumentando assim a sua a resistência a infecções.
Alimentos fontes: goiaba, pitanga, agrião, caju, espinafre, fruta-do-conde, melão, frutas cítricas (kiwi, limão, acerola, bergamota, laranja, abacaxi), couve, tomate, pimentão amarelo.
Condimentos: açafrão, coentro, cravo-da-índia, gengibre, páprica, salsa e tomilho.

Vitamina E – atua em conjunto com as vitaminas A e C e com o mineral selênio, agindo como antioxidante (o que retarda o envelhecimento).
Alimentos fontes: germe de trigo, óleos de soja, arroz, abacate, gema de ovo, vegetais folhosos (rúcula, couve, folha de brócolis, folhas de beterraba), cenoura, e chuchu. Condimentos: Açafrão, louro, manjericão manjerona, orégano e pimenta.

Vitamina A – tem ação anti-inflamatória.
Alimentos fontes: cenoura, abóbora, fígado, espinafre cozido, melão, brócolis, mamão, manga, aspargo, pêssego, beterraba, alho, alho poro, broto de bambu, lentilha, melancia, banana, caqui, gema de ovo, damasco, cereja.
Condimentos: alecrim, coentro, cravo-da-índia, louro, manjericão, manjerona, pimenta e sálvia.

Vitamina B6 – aumenta a imunidade geral do organismo. Tem ação protetora contra o câncer, e ajuda a controlar alguns tipos de diabetes.
Alimentos fontes: levedo de cerveja, lentilha, arroz integral, semente de girassol, soja, germe de trigo, banana, cenoura, abacate, melão, vísceras, peixe, frango, gema de ovo, nozes.
Condimentos: Alho, cebola, coentro, gengibre, manjericão, manjerona, orégano, páprica, pimenta e sálvia.

Selênio – é antioxidante, imunoestimulante, desintoxicante e antiinflamatório.
Alimentos Fontes: alho, cebola, milho, cereais integrais (aveia, quinua), cogumelo, levedo de cerveja, castanha do pará, ovos caipira, frutos do mar, vísceras.
Condimentos: alho, coentro, gengibre e salsa.

Zinco – atua na reparação dos tecidos e na cicatrização de ferimentos.
Alimentos fontes: aveia, leite, gema, frutos do mar, espinafre, sementes de girassol, cogumelo, gengibre, grãos integrais e frutos secos (castanha, amendoim e castanha do Pará).
Condimentos: cominho, gengibre, manjericão e papoula.

Ômega 3 – auxilia as artérias a permanecerem longe de inflamações, ajudando a imunidade do corpo.
Alimentos fontes: sardinha, salmão, arenque, atum, sementes de chia, nozes, linhaça e suplementos.

Probióticos – ajuda a recompor as bactérias benéficas da flora intestinal, sendo verdadeiros
soldados lutando para expulsar do organismo as bactérias "ruins". Esses microrganismos
contribuem para aumentar a imunidade.
Alimentos fontes: iogurte natural, leite fermentado tipo kefir ou Yakult para manter a saúde
intestinal.

Extrato de própolis – possui efeitos imunomoduladores. Atua contra o processo de inflamação do organismo e é antioxidante. Suas vitaminas e minerais vão auxiliar no processo de limpeza do organismo.
O ideal é utilizar, por dia, de 2 a 5 gotas de extrato de própolis no chá, água ou sucos.

Exemplo de um ‘shot de saúde’: Esprema meio limão em um copo, com água morna, pingue algumas gotas de própolis e beba em jejum.
Essa receita tem ação antioxidante, detox e imunomoduladora. Contribuindo para o aumento da imunidade.

COMO AUMENTAR A IMUNIDADE RAPIDAMENTE:

– Adotar bons hábitos de saúde, realizando atividade física, dormindo adequadamente e
evitando situações de estresse;
– Evitar o cigarro ou estar exposto ao cigarro;
– Expor-se ao sol diariamente, de preferência até as 10 horas da manhã e depois das 16
horas, sem protetor solar, para aumentar a produção de vitamina D no organismo, ou se necessário fazer a suplementação de vitamina D;
– Consumir alimentos saudáveis e manter uma dieta equilibrada, que inclua o consumo de
frutas, verduras e legumes, de preferência orgânicos;
– Evitar ao máximo fast food e alimentos industrializados, eles contém substâncias que
promovem a inflamação do organismo;
– Evitar tomar remédios sem orientação médica;
– Beber cerca de 2 litros de água mineral ou filtrada todos os dias.
– Controlar o estresse. O estresse pode debilitar nossas defesas, aumentando as chances de infecções;
– Além disso, se sua imunidade tiver baixa – é importante evitar frequentar lugares públicos
fechados, evitar ficar em contato com poeiras e lavar as mãos frequentemente com água e sabão, assim como evitar tocar os olhos, nariz e a boca com as mãos sujas.

OBS:
Se você pensa que garantir o bom funcionamento do sistema imunológico é complicado, se
engana. Basta uma alimentação balanceada, já que os alimentos contêm substâncias bioativas que podem estimular o sistema imunológico, aumentando a resistência às bactérias e aos vírus.

O importante é incluir os alimentos sugeridos e manter uma alimentação variada.

E não se esqueça: A DEFESA É SEMPRE O MELHOR ATAQUE!

Fonte: Raquel Vilela Marinho Nutricionista – CRN 29930 , Nutricionista do CEC.

É interessante pensarmos que tão vital para a nossa vida quanto a água e o alimento, é o amor. O alimento nutre o corpo, mas o amor nutre a “alma”. O amor nos forma enquanto indivíduos e nos motiva a viver.

Se pensarmos em termos de desenvolvimento infantil, verificaremos que para a criança crescer emocionalmente saudável é necessário um “quantum” de amor devotado a ela através de ações, palavras e comportamentos dos seus pais.

Ninguém discute que o amor é essencial para a criança, mas sabemos também que não é intrínseca à condição de pai e mãe, ou seja, podemos verificar que tem pais que amam os seus filhos e outros não. Tem pais que amam os seus filhos, mas por não saberem como comunicar esse amor, seus filhos não se sentem amados. É um sentimento que foi construído historicamente.

O amor materno, nem sempre se manifestou (na história) em devoção, preocupação com o bem-estar físico, moral, afetivo e intelectual do filho. O mesmo para o amor paterno. Aliás, o que chamamos de amor paterno é uma conquista muito recente, quase que contemporânea. Hoje vemos homens trocando fraldas, brincando, passeando, conversando com os seus filhos. Vemos esses mesmos homens inseridos na família entendendo que o “lar”, a “casa” é responsabilidade de “dois”. Isso é muito moderno. E por ser tão moderno estamos ainda aprendendo a sermos pais. Na verdade, nos falta referencial, estamos construindo juntos um novo modelo de relação entre pais e filhos.

A CONSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO AMOR

Winnicott, pediatra e psicanalista, mostrou que para a criança ter uma personalidade equilibrada e ser um indivíduo pleno e feliz, é importante que esta seja criada num ambiente bom, afetuoso e acolhedor. É preciso que a mãe seja capaz de se “vincular” ao filho.

Ele chamou de “atenção materna primária” a capacidade da mulher e mãe de se vincular ao seu bebê, ao ponto de empaticamente saber o que ele precisa. Ao cuidar fisicamente do bebê a mãe o toca, o acaricia, o aconchega e essas ações deixam “impressões” positivas no psiquismo infantil.

Mas a mãe faz mais, ela dá sentido à vida do bebê. Ela traduz sensações desagradáveis oferecendo significação e acolhimento.
O pai, vinculado à mãe e ao bebê, oferece não só a sua presença, mas ajuda a mãe no seu aleitamento. Ele é o “suporte” da mãe. Ele será para criança o “representante” do mundo externo, da autoridade e da lei.

É desse contato íntimo, constante entre pai/filho, mãe/filho que o amor se constrói e se intensifica.

Mas o amor não pode ser só “sentido” pelos pais ele precisa ser “comunicado” aos filhos.

Não adianta os pais amarem os seus filhos, se estes não se sentirem amados, ou seja, é necessário que aprendamos a comunicar o amor. Para a criança pequena que ainda não tem o domínio do simbólico, as palavras surtem pouco efeito, as ações e o “jeito de ser” dos pais é que fazem com que ela se sinta amada.

A criança precisa se sentir especial para os pais. Precisa saber que é mais importante que o trabalho, que os bens ou qualquer outra coisa. Ela precisa saber que ocupa um “grande lugar na subjetividade dos pais”. Ela precisa se sentir amada incondicionalmente. “Apesar do que eu sou ou faça o amor dos meus pais por mim não muda.”

O amor que precisamos demonstrar para os nossos filhos é o incondicional, ou seja, ele se manifesta independente da condição, “… se você fizer… eu te amo”. Na verdade a afirmativa do amor incondicional é “…. eu te amo, apesar…..”.

Os pais devem atuar como espelhos, que devolvem determinadas imagens para os filhos. O afeto é muito parecido com o espelho. Quando demonstramos afetividade por alguém, essa pessoa torna-se o nosso espelho e nós nos tornamos o espelho dela e refletimos um no sentimento de afeto do outro, desenvolvemos o forte vínculo de amor, essência humana, em matéria de sentimento.

COMO DEMONSTRAR AMOR PELOS NOSSOS FILHOS?

Através do olhar.

Olhar “apaixonado” pelo filho.
Com os olhos nós vemos e ao mesmo tempo nos comunicamos.
Comunique-se com o seu filho, olhando nos olhos dele todas as vezes que for falar.
Deixe que ele veja no seu olhar, o quanto é precioso para você.

Através do toque.

Abrace, beije, faça carinho, pegue no colo, segure na mão, encoste seu rosto no dele, faça massagem, etc.. O toque é a comunicação que é entendida pelo bebê desde o nascimento. Ele “apreende” nosso estado de humor, através de como o tocamos. O bebê se sente protegido, amparado, confortado, entendido, quando é tocado pelos pais. O toque enche o “tanque” emocional da criança.

Através da atenção.

Pare, olhe para o seu filho e esteja naquele momento totalmente voltado para ele.
Preste atenção no seu filho veja o que ele precisa, o que o seu comportamento está comunicando (pois as crianças expressam seus sentimentos através do comportamento) e o ajude “estendendo a sua mão.”
Reserve um tempo especial para fazer alguma atividade prazerosa com ele. Esteja atento para aproveitar momentos passageiros e as oportunidades que a vida oferece para dar atenção especial para o seu filho.

Através da palavra.

Converse com o seu filho.
Cuidado com o que fala e a forma como fala para o seu filho. Não fale só do lado negativo do seu filho, mas, sobretudo do positivo. Transmita otimismo, perseverança, amor pela vida, resistência à frustração quando tiver que apontar um erro do seu filho. Encare os erros como oportunidades de crescimento. Corrija a ação e não a criança. Use palavras adequadas, sem rancor ou raiva na hora de disciplina-lo. Conte sua trajetória de vida, como você superou seus medos e dificuldades.
Use palavras encorajadoras, positivas, construtivas.
Fale que o ama e o quanto ele é importante pra você.

POR QUE DEMONSTRAR O AMOR?

Como dissemos acima não adianta nós amarmos os nossos filhos, eles precisam se sentir amados. Quando a criança sente que é amada incondicionalmente pelos seus pais ela formará uma auto-imagem positiva de si mesma. Terá também uma auto-estima positiva.

Auto-estima “é a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau.”
Auto = por si próprio, independente.
Estima = sentimentos, afetos, consideração.

A auto-estima é valorativa enquanto que a auto-imagem é descritiva.

Autora: Glaucia Ribeiro Roxo, Diretora Pedagógica do CEC.

Segundo Coopersmith, as crianças não nascem boas ou más, espertas ou estúpidas, amáveis ou não. Elas desenvolvem estas ideias. Elas formam auto-imagem baseadas fortemente na forma como são tratadas por pessoas significantes em suas vidas, por exemplo, os pais, professores e amigos.

Para que os nossos filhos construam uma auto-estima positiva é necessário que eles se sintam amados e incentivados a crescer.
Cada conquista deve ser celebrada. O primeiro passo, a primeira palavra, o primeiro dia na escola, a ajuda na confecção de um bolo, a mesa colocada, a boa nota na prova…

É importante que a criança sinta que ela é capaz e que pode realizar. Ela precisa exercitar sua autonomia. Quando superprotegemos impedimos que a criança conquiste por si própria o que vai dando a sensação “de não ser capaz de realizar sem a ajuda de alguém”. Desanimamos a criança e enfraquecemos o seu ego.

A auto-estima positiva está relacionada com a capacidade que temos de nos relacionarmos com os outros, com as nossas conquistas individuais e profissionais, com a sensação de nos sentirmos bem conosco mesmo.

Desta forma, percebemos que é através da fala e das ações dos pais que as crianças constroem a imagem que tem de si próprias. Quanta responsabilidade!

UMA ÚLTIMA PALAVRA

Ser pai e mãe é um grande desafio! É aprender, desaprender, reaprender sempre. É se questionar e se avaliar constantemente. É nunca desistir e achar que “não há solução”. É amar incondicionalmente. E, sobretudo, ter em mente: este é o maior projeto que um ser humano pode realizar!

Autora: Roxo de P. Souza Ribeiro, Gláucia. São José dos Campos, Março/2020.
Diretora Pedagógica do CEC

Cuidar do filho, satisfazer suas necessidades, não deixar que se exponha a perigos desnecessários, isto é comum a todas as mães. Só que este desejo de proteger pode ir longe demais, tornando-se uma verdadeira armadilha. Para que o bebê aprenda a andar terá que levar alguns tombos. Para que a criança consiga atravessar uma rua com segurança certamente haverá os riscos de uma primeira vez. Não corte as asas do pequenino quando ele mais precisa delas para voar em direção à vida. É preciso dar muita atenção a este assunto.

Você é superprotetora? “Eu? De modo algum…”
A resposta vem rápida e firme. “Imagine! Desde quando excesso de amor é superproteção?” Este tipo de comportamento é bastante comum, encontramos em cada esquina. Vamos rever a situação com calma. Se você é o tipo de mãe que não consegue olhar para outra coisa a não ser para o que o seu menino faz, se não consegue pensar em nada, além do lugar onde o pequeno está naquele momento, se não consegue se interessar por algo diferente do que o bem-estar de sua criança, abra os olhos: aí estão fortes indícios de superproteção.

Nós sabemos que você quer o melhor para seu filho, mas na verdade pode estar transformando aquele serzinho tão querido numa pessoa insegura, incapaz e inconveniente. E o que é pior, num adulto solitário. Talvez você nunca tenha pensado nisso com seriedade, pois vive tão ocupada com os cuidados maternos…. Então, quem sabe chegou o momento?

Pare um pouquinho e pense em como anda o mundo em que vivemos. Será que existe espaço para os tímidos e inseguros? Pode uma pessoa, que se considera incapaz, ser bem-sucedida na vida? Parece meio difícil, não é? Se é assim, dê uma chance ao seu pequeno. Deixe que descubra suas potencialidades e seus próprios caminhos. Apostamos que ele vai sentir a importância desta decisão, como sabemos também que vai amá-la para o resto da vida. Não era isto mesmo que você queria?

O que é superproteger?

“Filhinho, não sobe aí. Cuidado! Assim você vai cair. Eu não disse? A mamãe avisou. ” Esta cena é tão conhecida, que pode fazer parte da rotina de qualquer família. Todas nós temos a sensação de já tê-la visto antes. Se observarmos bem, nestes momentos que parecem tão corriqueiros, a mãe já está superprotegendo sua cria.

Geralmente, a vida das mães é muito tensa. Muitas delas imaginam que um perigo inesperado pode estar sempre rondando a tranqüilidade de seus filhos. Por isto, sentem medo do que não podem evitar e se tornam obcecadas pela saúde das crianças, pela qual se imaginam responsáveis. Sendo assim, não é de espantar que vivam esgotadas pelo esforço físico e emocional que essa tarefa lhes causa. Na maioria das vezes, pensam que estão zelando pela segurança de seus bebês, mas a realidade é outra.

Vejamos o caso da mãe de um menino de seis meses que está começando a sentar e, em conseqüência disto, a explorar mais o espaço em volta. Temendo que o pequeno perca o equilíbrio e bata com a cabecinha no chão, a jovem mãe permanece o tempo inteiro atrás dele, protegendo-o, embora na verdade não chegue perto do filho. Enquanto isso, o neném brinca sozinho. Quem sabe, querendo mais a parceria querida da mamãe na brincadeira, do que este zelo, em muitos momentos desnecessários. A superproteção aparece nos primeiros dias da relação mãe e filho e, às vezes, pode representar um distanciamento entre os dois.

A proteção necessária

Pode ser que neste momento você já esteja sentindo alguns sintomas de ser superprotetora. É bem provável que seu primeiro questionamento seja: “Por que fiquei assim? Sempre abominei a idéia de me tornar aquela mãe insuportável, que não larga os filhos um só instante…”. Não se desespere, vamos descobrir o que a levou a agir desta forma, pois nada acontece por acaso. Inclusive, existe um dado importante que certamente vai tranqüilizá-la: as mães não têm intenção de superproteger e nem de longe imaginam que isto possa prejudicar suas crianças. Seu primeiro objetivo é fazer o melhor por elas e, disto, todos nós sabemos.

Então, por que sou assim? Vamos pensar: a proteção é necessária, face aos perigos do mundo externo. E toda mãe tem consciência disto. No entanto, o fator super está relacionado com outro perigo que não é externo e sim, interno, ou seja, que está dentro de nós. Existe um mundo das emoções que se manifesta em todos os relacionamentos, mas nós o desconhecemos. Vamos identificá-lo? Muitas vezes temos medo de certos sentimentos – absolutamente normais e compreensíveis: a raiva, o ciúme, a indiferença e a rejeição – que sentimos também por nossos filhos. Portanto, quando superprotegemos os pequenos, podemos estar querendo preservá-los dos perigos de nossos sentimentos e desejos inaceitáveis.

Parece complicado? Vamos explicar melhor. Aquele pavor constante de que nosso filhinho role pela escada e se machuque, pode corresponder ao medo de que nosso desejo de que ele desapareça, se torne realidade. Ai, como é duro ouvir isso! Mas se buscar no fundinho de sua memória, vai lembrar “daquele dia” em que as crianças estavam insuportáveis e você, sem a menor paciência. Responda rápido: qual foi a sua vontade naquele momento? A meninada cansa mesmo, portanto, pensar assim não é um crime.

Veja outro motivo para que isto aconteça. Quando superprotegemos e fazemos tudo por nosso pequeno, imaginando que estamos dando o amor que merece, também estamos desejando que ele nos tenha como grande objeto de seu amor. Ou seja, queremos ser uma pessoa especial para ele e, ao mesmo tempo, esperamos que represente para nós um amor seguro, certo. Queremos ter a garantia inabalável de alguém que nos ama. Todos nós carregamos o desejo de ter alguém que nos ame devotadamente pela vida inteira.

Será que existe espaço para os tímidos e inseguros?

Através da superproteção, sem saber podemos estar tentando seduzir nosso filho, para ele seja esta pessoa. Este tipo de comportamento materno, porém, visa uma verdadeira prisão para o pequeno.

Se desde cedo a criança tem sempre alguém que quebra todos os seus galhos e faz tudo no seu lugar, um grande perigo se instala: ela nunca poderá saber do que é capaz. Não terá as chances de que necessita para se afirmar. Não poderá mesmo acreditar que é capaz de realizar uma simples tarefa, como subir uma escada sozinha. O pequeno pensará: “a mamãe sabe tudo, pode tudo, sem ela não sou ninguém. Sozinho, não consigo nada…”

Conseqüência imediata deste tipo de situação? A criança tende a se transformar numa pessoa insegura. Sabe aquele tipo que sempre se acha no direito de obter favores das pessoas, agindo como se o mundo estivesse a serviço de suas necessidades? Certamente, você já encontrou alguém assim. Pode estar quase certa de que, na infância, esta pessoa foi superprotegida.

E mais, pela intensidade da relação, o pequenino imagina que só a mamãe tem superpoderes para protegê-lo. Portanto, caberá a ela um lugar privilegiado em seu coraçãozinho. Anos depois, quando natural seria interessar-se por outra pessoa – inclusive um parceiro amoroso – sentirá muita dificuldade, porque certamente não encontrará no outro, um ser real; de carne e osso, os superpoderes da mamãe. O risco é de que nunca ache o parceiro ideal e de que fique sozinho sem a possibilidade de viver uma relação afetiva e sexual, onde seja capaz não só de ser protegido e receber como também, proteger e dar.

O mito da mãe perfeita

Atualmente, a sociedade exige das mulheres uma atitude ideal, colocando em nossas mãos a felicidade dos filhos. Este é um fardo pesado que, às vezes, nos forçamos a carregar a custa de muito sofrimento. Em meio a esta confusão que se instala na cabeça da mãe, ela acaba superprotegendo os pequenos. Por quê? Para corresponder a esta verdadeira ditadura social de uma mãe perfeita. Neste caso, a situação costuma se inverter e passamos a ser – na verdade – as maiores vítimas.

É difícil mudar, porque este comportamento faz parte de uma história que começou há muitos anos, quando as mães eram também crianças. E, os personagens principais, suas próprias mães e toda a família. Tudo se repete. Se ninguém as protegeu, no passado, elas podem cobrir os filhos de atenções para evitar que sintam a dor do abandono. Se foram sufocadas poderão tender a sufocar também, pelo medo de mudar a educação “dos meninos” e de não acertar.

CEC – Centro Educacional Construir

Tão importante quanto descobrir como “funciona” é saber como estimular seu filho em todas as fases, para promover seu bom desenvolvimento motor.

Portanto, por mais que seja difícil resistir à tentação de ter o filho nos braços, saiba que o melhor lugar para que trabalhe músculos e ossos é o chão.

Muitos pais evitam colocar o bebê no chão por medo de que se resfrie ou fique sujo. Mas, pesquisas mostram que as crianças que crescem no colo ou no berço apresentam um desenvolvimento motor mais atrasado em relação às outras que podem brincar no chão.

E é lá que a criança tem mais liberdade de movimentação e passa pelo período de rastejar e engatinhar. É nesse período que a criança adquire força muscular e confiança nos membros, necessárias para começar a andar. “Ela precisa ser estimulada a se desenvolver fisicamente”, diz a pediatra Lucimara Gomes Baggio.

Para poder andar o bebê precisa saber lidar com o corpo, ter consciência e confiança não só nos pés, mas também nos braços.

Além disso, é com os braços que a criança ajuda o corpo a se erguer ao tentar dar os primeiros passos, o que acontece entre os nove e doze meses de idade.

No colo, o único trabalho do bebê é apontar, e seu desejo é prontamente atendido.

Brincadeiras

A dica para os pais na fase do rastejar e de engatinhar é “descer ao nível”. “Sentar e brincar com a criança no chão é a melhor indicação”, conta a pediatra Lucimara.

Se a criança chorar, não a pegue imediatamente no colo. O choro pode ser de solidão. O bebê pára de chorar quando é colocado no colo, porque se sente protegido. É melhor que os pais lhe façam companhia no chão.

Ao sentar com o bebê para brincar, espalhe os brinquedos e role com ele. A criança que brinca no chão aprende a desenvolver estratégias para alcançar o que quer.

Fontes:

Site: tudoparana.com.br/família
Guia Prático – Meu bebê – Vol.3 – Ed. Abril

Essa semana temos no nosso blog uma entrevista especial realizada com a Maria Aparecida Lucas de Oliveira, diretora administrativa e mantenedora da escola CEC e também a diretora pedagógica, Glaucia Roxo de Pádua Souza para a série “Educação que fala” da consultoria em educação Pensata.

Em entrevista para a repórter Fernanda Pereira, Cida e Gláucia falam do desafio enfrentado no dia dia da escola, contando um pouco sobre os papéis de cada uma, a história da escola e a importância do trabalho pedagógico, que mudou nos últimos 20 anos. Confiram:

– Como vocês dividem esses dois papéis (Administrativo e Pedagógico) fundamentais dentro da escola?

Maria Aparecida explica que a gestão do CEC é de responsabilidade de três áreas: administrativa e marketing, pedagógica e financeira. Esse modelo veio da sua experiência na empresa Johnson & Johnson que foi pioneira em criar uma creche no ano de 1982, onde assumiu a coordenação por 13 anos.

Cada área tem o foco num aspecto da escola, mas se complementam segundo um planejamento estratégico para atingir um objetivo comum e metas pré-estabelecidas.

O papel da área administrativa é garantir infra-estrutura, segurança e condições adequadas para o desenvolvimento do aluno.

A equipe pedagógica, sob a responsabilidade da Gláucia, tem o papel de zelar por todo processo de conhecimento do aluno, do berçário ao Ensino Fundamental.

– Como era a creche em 1982?

“Neste período a creche pertencia ao departamento do bem-estar social, fui convidada a coordenar esse projeto porque sou enfermeira de formação com especialização em pediatria e psicopedagogia. Em 1995, esse serviço foi terceirizado e a J&J me convidou a continuar o projeto como proprietária. Nasce então o CEC, já com o objetivo de atender uma demanda pedagógica e não mais somente “cuidar” da criança. Os profissionais passaram a ser todos com formação na área educacional.

De lá para cá a escola se modificou muito para acompanhar a evolução da sociedade e principalmente a tecnológica e de novas metodologias de ensino.”

– Nesta transição de posicionamento, quais foram os benefícios para primeira infância?

“A saúde no berçário é muito importante e demanda uma atenção especial. Realizamos orientações sobre vacinas, temos um programa nutricional, seguimos um importante protocolo de triagem para avaliar o bebê/criança ao entrar e ao sair da escola. Cuidados de higiene também são importantes. Porém, hoje sabemos com estudos da neurociência, que as principais conexões acontecem dos 0 aos 2 anos de idade da criança e que o trabalho pedagógico é imprescindível neste processo. As experiências com projetos específicos de aprendizagem em cada faixa etária promovem ganhos para o desenvolvimento pleno. Essa atenção se estende a todos os anos sequenciais”, diz a mantenedora.

– Questionamos a pedagoga sobre o que faz a diferença na escola para a criança.

“A escola faz toda a diferença na vida da criança. É na escola que a criança tem as primeiras experiências sociais mais amplas e é nela que aprenderá a lidar com diversas situações de relacionamento interpessoal que lhe servirá para toda a vida.

Acredito que uma boa escola investe nas pessoas. Investe principalmente nos professores. De nada vale um material didático moderno, ou mesmo, a escolha de uma tecnologia mais inovadora, se não tivermos um professor bem preparado e engajado no fazer pedagógico. Ele precisa entender de didática e metodologias, mas sobretudo do universo infantil. Precisa saber como a criança pensa, sente, se relaciona, aprende, enfim, de desenvolvimento infantil.

Esse conhecimento ajuda tanto na transmissão do conteúdo, como na forma mais adequada de aprendizagem de cada aluno.

O grande desafio de hoje é ensinar a criança a aprender a aprender e oferecer um ensino o mais personalizado possível.”

– Dentro da sua formação continuada o que mais contribui para esse universo de constante mudança?

“A formação em Pedagogia e experiência clínica em Psicologia. Hoje a necessidade da maioria das famílias é o ensino integral. A escola é o local onde o aluno se relaciona e tem a maior parte de suas experiências de vida. No CEC, temos um corpo docente sólido e maduro, que cresceu com a escola e está muito preparado para essa rotina intensa. Entretanto a família, em consequência a nova demanda social, busca ainda mais acolhimento e a psicologia ajuda a compreender e trabalhar de forma ainda melhor essas demandas.”

– Diante da conquista de segurança e solidez, perguntamos a mantenedora o que buscar na próxima década?

“Estar sempre buscando inovar nos processos educacionais, principalmente na área de tecnologia e metodologias ativas que tornem o processo ensino aprendizagem cada vez mais instigante e prazeroso para a criança. Recentemente implantamos um Programa Bilíngue e um programa de Educação Socioemocional através de parceiros que seguem a mesma proposta educacional da escola.

Também é preciso investir constantemente na formação e capacitação da equipe.

Além disso, cada vez mais os alunos frequentam a escola em período integral e temos que ter estrutura para atendê-los em suas necessidades de alimentação, esportivas, de cuidados gerais, de acolhimento emocional e afetivo.”

Por Fernanda Pereira – Jornalista

Quando se fala na chegada da Primavera logo pensamos em flores, mas na verdade essa é a única estação do ano onde os dias têm o mesmo tempo em horas da noite. E ambos são mais quentes, com temperaturas agradáveis.

O início da Primavera, oficialmente, todos os anos no hemisfério sul é no dia 23 de setembro. Ela chega com o fim do Inverno e só termina com a chegada do Verão, em 21 de dezembro. Mas no Hemisfério Norte, a Primavera só chegará em 22 de março.

A principal característica desta estação é o reflorescimento das plantas, sendo considerada a estação mais florida do ano. Esse período é marcado por belas paisagens formadas pela natureza, com uma grande diversidade de flores. Aqui na nossa região do Vale do Paraíba os Ipês amarelos, rosas e brancos são os que mais presenteiam a paisagem. O motivo de tantas flores é porque a Primavera favorece a elevação da umidade do ar e as chuvas são abundantes. As temperaturas são moderadas o que beneficia o aumento na reprodução das espécies da flora, que necessitam da água para a fecundação das sementes, além da reprodução da fauna em virtude do aumento das temperaturas.

O Brasil possui uma flora abundantemente diversificada, com mais de 55 mil espécies, desde as mais simples até as mais raras e difíceis de serem encontradas.

Outro fato importante da Primavera aqui no Brasil é que é nessa estação que muitas regiões começam a receber as fortes chuvas. É quando o fenômeno do El Niño se manifesta, atuando principalmente com a intensificação das chuvas no centro-sul do país e aumentando o período mais seco no Norte e no Nordeste.

Saiba mais sobre as estações do ano no Brasil.

As estações do ano no Brasil são assinaladas oficialmente nos dias dos solstícios e nos dias dos equinócios. Lembrando que, em razão do movimento de translação, durante o ano a Terra recebe luz solar de maneira diferente entre os hemisférios, o que dá origem aos solstícios e equinócios. Com a chegada da Primavera e o equinócio de setembro, quando os dois hemisférios são igualmente iluminados pelos raios solares, os dias e as noites possuem,basicamente, a mesma duração, 12 horas cada.

Bem, como o Brasil está (quase totalmente) no hemisfério sul, a Primavera inicia-se em setembro, o verão em dezembro, o outono em março e o inverno em junho. Entretanto, as quatro estações propriamente ditas são mais perceptíveis na Região Sul, nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, e nas regiões serranas de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Na Amazônia não há variação significativa de temperatura, por isso na prática as estações passam despercebidas. Nas demais regiões, as estações são vistas como as que oferecem mais chuva ou mais seca.

Dia 21 de setembro é comemorado, aqui no Brasil, o 'Dia da Árvore', o motivo é a proximidade da chegada da primavera, que é logo depois, dia 23 de setembro. Em todo o resto do mundo a data é comemorada em 21 de março.Você sabe dizer qual é a importância da árvore para a nossa sobrevivência e do planeta?

Elas aumentam a umidade do ar graças à evapotranspiração, evitam erosões, produzem oxigênio no processo de fotossíntese, reduzem a temperatura e fornecem sombra e abrigo para algumas espécies animais. Além disso, muitas delas são frutíferas e nos fornecem alimentos. As árvores também nos servem como matéria prima para muitas coisas úteis. A madeira por elas produzidas serve para a criação de móveis e até mesmo casas. Elas também produzem látex, resinas e pigmentos.

A celulose extraída principalmente de pinheiros e eucaliptos, é fundamental para a fabricação de papel. Além disso, algumas espécies apresentam funções importantes na indústria farmacêutica servindo como base para medicamentos e chás.As árvores ajudam a reduzir em até 10% o consumo de energia porque as folhas e as raízes contribuem para o controle do clima. As folhas ajudam a reduzir a temperatura. Elas liberam umidade no ar.

Tudo isso acontece sem que a gente consiga ver, mas uma árvore, sozinha pode liberar 150 mil litros de água no meio ambiente por ano! Isso faz com que o clima fique mais agradável e diminua o uso de ventiladores e ar condicionado. Elas puxam a água da terra por meio de suas raízes. A água é levada por meio de canais até as folhas. As folhas retiram do ar um gás chamado dióxido de carbono, que é o gás que sai dos nossos pulmões quando respiramos.

Mas apesar de oferecer tantos benefícios elas correm risco! Em virtude da grande quantidade de utilizações e da expansão urbana, as árvores são constantemente exterminadas, o que resulta em grandes áreas desmatadas.Veja, uma grande árvore pode providenciar as necessidades de oxigênio para nossa existência. Ela retém CO2, dióxido de carbono, responsável pelo aquecimento global, sem contar ainda com o importante papel no ecossistema.

As árvores são responsáveis por manter mais de 50% da biodiversidade do mundo com variedade de formas de vida que podemos encontrar na terra, como plantas, aves, mamíferos, insetos, etc. Elas são responsáveis ainda pela saúde dos solos. Evitam erosão com suas raízes.

No CEC, nossos alunos comem comidas frescas preparadas por nossas cozinheiras com um acompanhamento especial da nossa nutricionista Raquel, que busca introduzir uma alimentação saudável e conscientizar as crianças da importância dos diferentes grupos de alimentos. Hoje ela deixa uma dica para preparo de um suco energizante desintoxicante e lanche natural para toda família. Vamos começar bem a semana!

Anote os ingredientes para o suco:

4 cenouras;
2 laranjas;
1 pedaço pequeno de gengibre;
Suco de 1 limão.

Para preparar, bata tudo em liquidificador, acrescente água de coco ou filtrada a gosto (para ficar mais ou menos cremoso).

Para completar dicas de uma alimentação saudável e de fácil preparo, você pode fazer um lanche natural bem balanceado!

Esse lanche natural pode ser consumido inclusive à noite para uma alimentação mais leve pois contém todos os nutrientes essenciais (carboidrato, proteínas, vitaminas, minerais e fibras) que a criança precisa. Anote aí a receita:

Pão integral (2 fatias) – Pode ser substituído por tapioca ou pão de forma integral
Alface (1 folha) – Pode ser substituído por rúcula, couve, acelga ou repolho
Tomate (4 fatias) – Pode ser substituído por pepino, cenoura, beterraba ou purê de legumes
Queijo branco (2 fatias) – Pode ser substituído por frango desfiado, carne moída refogada, peito de peru, patê de atum ou ovo mexido

Boa refeição!

Você sabe porquê 7 de setembro é feriado? É dia da Independência do Brasil! E que tal um pouquinho de história? Vamos entender o motivo de tanta comemoração?

Você sabia que o Brasil foi descoberto em 1500, por Pedro Alvarez Cabral e que aqui era considerado o verdadeiro paraíso pelos portugueses? Terras lindas, nativos pacíficos e muita riqueza! Pois então, desta forma não demorou para os portugueses encontrarem aqui a melhor saída para seus problemas políticos e financeiros.

Lá pelos idos de 1800, Napoleão Bonaparte, o então imperador da França, decretou que ninguém poderia comprar nada da Inglaterra, quem não seguisse a regra teria o país invadido pelas tropas francesas. Na época Portugal devia uma verdadeira fortuna para os ingleses e a melhor saída para não entrar em guerra com Napoleão foi fugir para o Brasil. Assim, toda a família real veio morar no Brasil em 1808. Depois de instalados no paraíso tropical o rei D. João tomou coragem e declarou guerra à França, e abriu os portos do Brasil para os países amigos, incluindo a Inglaterra.

Foi assim que o Brasil deixou de ser uma “colônia” para tornar-se reino. Anos mais tarde, com a Revolução do Porto, D. João precisou voltar para Portugal, deixando aqui Dom Pedro I, seu filho, cuidando do Brasil.

Mas os anos se passaram e D. Pedro I se apaixonou pelo Brasil e resolveu aqui ficar e tornar a colônia em um país independente, atendendo aos pedidos do povo: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico."Independência ou Morte!

Muitas disputas entre ele e a família real aconteceram no meio do caminho, mas em 7 de setembro de 1822 ao viajar para São Paulo, D. Pedro I recebeu de Portugal a famosa carta que anulava a Assembleia Constituinte, criada por ele, e exigindo sua volta imediata para Portugal. Determinado a não seguir as ordens da família, D. Pedro às margens do riacho do Ipiranga, D. gritou: “Independência ou Morte!”. De lá pra cá, somos um país firme, forte, cheio de histórias de muita força e esperança. Nos tornamos um país democrático onde não há rei ou rainha, nós, o povo brasileiro, é que escolhemos nossos governantes.