Dia 5 de Setembro foi a data escolhida com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância da maior floresta tropical do mundo e da sua biodiversidade para o planeta.

O ambiente que vemos hoje foi criado há cerca de 6 milhões de anos, e suas características não são fruto somente das mudanças climáticas e das interações entre as espécies, mas de fatores geológicos, como a elevação de montanhas (Cordilheira dos Andes) localizadas entre o Chile e a Argentina.

A floresta amazônica é considerada a maior floresta tropical do mundo e concentra enorme biodiversidade. Ela corresponde a 53% das florestas tropicais ainda existentes.

A bacia amazônica abrange 7 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 5 milhões e meio de quilômetros quadrados são cobertos pela floresta tropical. Esta região inclui territórios pertencentes a nove nações (Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa), sendo que a maior parte das florestas está contida dentro do nosso território, onde está 60% dela.

Outro recorde da Amazônia se dá pela sua bacia hidrográfica com cerca de 7 milhões de quilômetros de extensão, sendo, por isso, considerada a maior do planeta. Uma abundância de água doce. Portanto não é preciso explicar sua importância para o ecossistema do continente bem como de todo o mundo.

Assim como nosso corpo, a Amazônia representa um organismo vivo formado pela floresta, sua bacia hidrográfica, as massas de ar que ali se formam. A Amazônia é considerada pela comunidade científica uma peça importante para o equilíbrio climático em quase toda a América do Sul. Parte da umidade do ar que, posteriormente, se transforma em chuva, importante para as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil em vários meses do ano são justamente da Amazônia levada pelos ventos para essas regiões. A Amazônia é importante para o equilíbrio do clima no Brasil, no Paraguai, no Uruguai e até na Argentina. Isso mostra que cada um desses elementos tem um papel fundamental para que esse sistema continue prosperando de forma saudável e sustentável.

Esse ecossistema exuberante é também frágil, uma vez que o solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Contudo, a flora e fauna mantêm-se em virtude do estado de equilíbrio atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo o mínimo de perdas. Um claro exemplo está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem da floresta com as chuvas. Também forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos, rapidamente convertidos em nutrientes aproveitados.

Por isso o desmatamento de grandes áreas da floresta é nocivo para a manutenção dos poucos nutrientes, que acaba matando a floresta e deixando seu solo impróprio para a manutenção e regeneração da mata. Esse desmatamento acontece a vários anos e tem como causas o avanço da pecuária, agricultura (em maior parte soja), disputa de terras e grandes empresas internacionais para extração de minérios.

Além disso, temos a questão do aquecimento global, que cada vez mais se torna um assunto inseparável quando discutimos a preservação da pouca vida natural que resta no mundo e um futuro saudável para as futuras gerações. Embora a noção de que a Floresta Amazônica seja o pulmão do mundo é errada, uma vez que cientistas que estudam a floresta a anos já disseram que ela produz o mesmo tanto de oxigênio que ela consome, a floresta tem uma quantidade gigantesca de carbono estocada em suas árvores e plantas, que quando queimadas são liberadas em forma de dióxido de carbono. Este é um dos gases que causam o efeito estufa, o que pioraria a situação atual de forma dramática.

Cabe à sociedade conscientizar a opinião pública e os políticos da importância de preservarmos um bioma tão diverso. Hoje em dia existem novas técnicas ligadas a alta tecnologia no campo, seja para o plantio ou para pecuária, que trazem uma eficiência de produção maior e menor utilização de espaço, o que vai ser fundamental no futuro se quisermos viver com qualidade. Devemos procurar novas formas de explorar a floresta sustentavelmente em conjunto com as populações locais e desenvolvimento econômico da região amazônica.

Fonte:

Toda Matéria: https://www.todamateria.com.br/floresta-amazonica/
Forbes: https://forbes.uol.com.br/negocios/2019/08/por-que-a-amazonia-nao-e-o-pulmao-do-mundo/
Mundo Educação: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/bacia-amazonica.htm
Escola Brasil: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/floresta-amazonica.htm