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Educação Construtivista

Educação Construtivista

Aprender para ensinar, esse é o lema do CEC para o seu filho, uma proposta pedagógica baseada na teoria sócioconstrutivista da educação e nos estudos de Jean Piaget, Vigotsky e Wallon. Nós primeiro aprendemos com o aluno, no dia a dia da escola, quem ele é, o que ele precisa e só depois desse relacionamento sólido é que fornecemos métodos que ele realmente vai absorver o ensino como aprendizado real. Esse é o aprender para ensinar! Resumindo, aprendemos com o aluno como ensiná-lo de forma correta e eficaz!

Consideramos que cada criança possui uma natureza singular que a caracteriza como um ser que sente o mundo de um jeito muito próprio, através das interações que estabelece, desde muito cedo, com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que vive, utilizando diferentes linguagens para se expressar como a cognitiva, motora, afetiva e social. Essa maneira de perceber a aprendizagem do aluno nos mostra que o saber não é algo que está pronto, mas algo a ser construído e compartilhado entre todos: alunos, professores e familiares.

Conheça as fases do desenvolvimento motor, verbal e mental a partir dos estudos de Piaget, Ferreiro e Teberosky.

– Período Sensório-Motor: do nascimento aos 2 anos, aproximadamente. A inteligência trabalha através das percepções (simbólico) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo. É uma inteligência “prática”. Sua linguagem vai da repetição de sílabas à palavra-frase (água, para dizer que quer beber água). Sua conduta social, nesse período, é de isolamento (o mundo é ele).

– Período Simbólico: dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente. Neste período, a criança começa a falar, imitar, dramatizar, etc., através da função semiótica. É o período da fantasia, do faz-de-conta, do jogo simbólico. Pode transformar qualquer objeto em algo de seu interesse, por exemplo, uma caixa se transforma em uma casa. Sem contar que apresenta forte egocentrismo (tudo é “meu”).

– Período Intuitivo: dos 4 anos aos 7 anos, aproximadamente. É a “idade dos porquês”. A criança pergunta o tempo todo. Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar sem creditar nela. Quanto à linguagem não mantém uma conversação longa, mas já é capaz de entender e responder de acordo com seus pensamentos.

– Período Operatório Concreto: dos 7 aos 11 anos, aproximadamente. Já é capaz de ordenar elementos por seu tamanho (grandeza), incluindo conjuntos, organizando então o mundo de forma lógica ou operatória. Já podem compreender regras, sendo fiéis a elas e estabelecer compromissos.

Mas o que é a educação construtivista?

A educação construtivista é aquela que tem como objetivo principal levar as crianças ao pleno desenvolvimento da autonomia intelectual e moral, ou seja, que os alunos sejam capazes de integrar as informações que já possuem com o conhecimento novo; acadêmico. Esse processo se dá de forma espiral, num constante movimento de vai e vem no qual cada vez que se retorna às proximidades de um ponto visto, novas informações são acrescidas e aprofundadas ampliando o repertório de cada um.

Os conteúdos devem ser significativos e provocarem o desejo de investigação. A curiosidade intelectual da criança é o elemento fundamental da aprendizagem. Sem ela, todo o processo fica truncado.

O professor deve ser sensível às demandas intelectuais das crianças e fazer questionamentos desafiadores para cada aluno. A cada tentativa de resolver o desafio, o professor retifica ou ratifica as suposições das crianças, ajudando-as a entenderem o conteúdo. Desta forma ele é o mediador ( fica entre o conhecimento e a criança) facilitando a aprendizagem.

Na proposta construtivista o erro assume uma dimensão positiva, pois auxilia na construção do saber (complexo, do ponto de vista da criança). O professor estimula o aluno a pensar sobre o “erro” e propor soluções para o mesmo. Assim, errar faz parte do processo educacional.

Já a autonomia moral refere-se à capacidade do aluno se comportar socialmente (governar-se) de forma a respeitar valores sociais como: respeito, solidariedade, vida, direitos e pertences alheios, etc.

A capacidade de governar-se não é inata ao ser humano, é fruto da convivência com seus pares. Desta forma, estimula-se o convívio social. Uma parte das atividades é realizada em grupos cooperativos, no qual, em torno de uma determinada tarefa, as crianças precisam se relacionar. Aprender a esperar sua vez de falar, ser parte integrante da equipe cooperando com todos, assumir responsabilidade, ajudar os colegas, dividir conhecimentos, são alguns dos objetivos do trabalho em grupo que ajudam no desenvolvimento da autonomia moral.

A hora do parque, quadra e recreio também são momentos valiosos para o desenvolvimento da autonomia moral, visto que desavenças acontecem e as crianças são motivadas a encontrar a melhor forma de solucioná-las.

Em suma, a proposta construtivista parte do pressuposto que as crianças são capazes e têm modos próprios de perceber o mundo ao seu redor, de acordo com a idade de cada uma. Respeitar a fase do desenvolvimento, trabalhar com princípios de justiça, disponibilizar recursos, oferecer informações relevantes e tratar os alunos de forma afetiva e carinhosa, é a base do trabalho pedagógico.

Fonte: revista Espaço Acadêmico e site Escola da Inteligência

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